Avatar
  • O estudo da Cisco, Data Privacy Benchmark Study 2023, revela que, para ganhar confiança, as organizações se concentram principalmente no compliance, enquanto os consumidores valorizam mais a transparência.
  • As empresas estão obtendo um forte retorno de 1,8 vezes sobre seus investimentos em privacidade. No Brasil, o ROI em privacidade de dados é de 2,8.
  • 90% dos entrevistados acreditam que provedores globais podem proteger melhor seus dados em comparação com provedores locais.
  • A pesquisa é anônima e ouviu mais de 3.100 profissionais de segurança em 26 países*, incluindo o Brasil.

A Cisco divulgou a sexta edição da pesquisa global anual Data Privacy Benchmark Study 2023 (Estudo Benchmark de Privacidade de Dados), que avalia as perspectivas dos profissionais sobre estratégias de privacidade de dados nas empresas. O estudo deste ano constata que, apesar de um ambiente econômico difícil, as organizações continuam investindo em privacidade, com um aumento significativo nos gastos, de US$ 1,2 milhão em 2020 para US$ 2,7 milhões em 2023. No entanto, 92% dos entrevistados acham que sua empresa precisa fazer mais para tranquilizar os clientes sobre como seus dados são tratados. A pesquisa também revelou que as prioridades de privacidade das empresas diferem das expressadas pelos consumidores.

Desconexão entre as expectativas dos consumidores e as estratégias de privacidade das empresas

O estudo mostra uma diferença significativa entre as medidas de privacidade de dados das empresas e o que os consumidores esperam das organizações, especialmente quando se trata de como as organizações aplicam e usam a Inteligência Artificial (IA).

A Pesquisa de Privacidade do Consumidor de 2022 da Cisco, divulgada no ano passado, mostrou que 60% dos consumidores estão preocupados com a forma como as organizações aplicam e usam a Inteligência Artificial, e 65% já perderam a confiança nas organizações em relação às suas práticas de IA. Os consumidores também disseram que a principal abordagem para os deixar mais tranquilos seria oferecer oportunidades para que optassem por não usar soluções baseadas em IA. No entanto, o novo estudo Benchmark de Privacidade de Dados de 2023 mostra que não usar IA foi a opção menos selecionada (21%) entre as ações que as empresas implementariam para tranquilizar seus consumidores.

“Quando se trata de ganhar a confiança dos consumidores, o compliance não é suficiente”, diz Harvey Jang, vice-presidente da Cisco e diretor de privacidade. A transparência foi a principal prioridade para os consumidores (39%) confiarem nas empresas, enquanto as organizações entrevistadas disseram que o compliance era a prioridade número um para criar a confiança do cliente (30%).

No Brasil, 97% dos respondentes disseram que a privacidade é um imperativo de negócio e 90% afirmaram que os consumidores não comprariam de uma empresa que não garante a privacidade dos dados.

Embora 96% das organizações, globalmente, acreditem ter processos para atender aos padrões éticos e responsáveis que os clientes esperam de soluções e serviços baseados em Inteligência Artificial, 92% dos entrevistados acreditam que sua organização precisa fazer mais para tranquilizar os clientes sobre seus dados. Entre as práticas para atingir essa maior confiança do cliente estão, por exemplo, garantir que um humano esteja envolvido no processo ou explicar com mais detalhes ao usuário como a aplicação de Inteligência Artificial funciona. No Brasil, 57% dos respondentes dizem que os clientes ficariam mais confiantes tendo mais explicação de como seus dados são tratados e 51% acreditam que essa confiança se daria tendo um humano envolvido em todo o processo.

Abaixo o gráfico sobre “o que as empresas podem fazer para que seus clientes fiquem mais confortáveis com o uso de Inteligência Artificial”:

Retorno do investimento em privacidade

Apesar de um ambiente econômico difícil, as organizações continuam investindo em privacidade, com um aumento gastos de US$ 1,2 milhão em 2020 para US$ 2,7 milhões neste ano. Mais de 70% das empresas entrevistadas indicaram que estavam obtendo ganhos “significativos” ou “muito significativos” nos investimentos em privacidade, como ganhar a confiança dos clientes, reduzir atrasos nas vendas ou mitigar perdas por violações de dados.

Em média, as organizações estão obtendo ganhos estimados de 1,8 vezes sobre os gastos, e 94% de todos os entrevistados acreditam que as vantagens do investimento em privacidade superam os custos gerais. No Brasil, o ROI em privacidade de dados é ainda maior, de 2,8.

Com a privacidade como uma prioridade de negócio, mais empresas reconhecem que todos em sua organização desempenham um papel vital na proteção de dados. Este ano, 95% dos entrevistados disseram que todos os seus colaboradores precisam saber como proteger a privacidade dos dados.

“É muito importante que as empresas compreendam que o investimento em privacidade tem potencial de gerar não somente valor de negócios em vendas, como também agregar mais segurança às suas operações e, o principal, mais confiança dos consumidores. Os usuários estão cada vez mais atentos à forma como a empresa trata seus dados pessoais e isso precisa ser muito considerado pelas organizações” diz Marcia Muniz, diretora jurídica da Cisco América Latina e Canadá e Data Protection Officer.

Custos de localização de dados e maior confiança em provedores globais

A legislação de privacidade desempenha um papel importante ao permitir que os governos responsabilizem as empresas pela forma como gerenciam dados pessoais, e 157 países (contra 145 no ano passado) agora têm leis de privacidade em vigor. Embora o cumprimento dessas leis envolva esforços e custos significativos, 79% de todos os entrevistados disseram que as leis de privacidade tiveram um impacto positivo. No Brasil, esse índice foi de 81%.

Embora 88% dos entrevistados acreditem que seus dados estariam mais seguros se fossem armazenados apenas em seu país ou região, a pesquisa indica que isso não se sustenta quando os custos, a segurança e outras contrapartidas são consideradas. Surpreendentemente, 90% também disseram que um provedor global, operando em escala, pode proteger melhor os dados em comparação com provedores locais.

Recursos adicionais:

*  Os países participantes da pesquisa Cisco foram: Austrália, Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, França, Alemanha, Hong Kong, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Malásia, México, Filipinas, Arábia Saudita, Singapura, Coreia do Sul, Espanha, Taiwan, Tailândia, Holanda, Reino Unido, Estados Unidos e Vietnã.

Sobre a Cisco 

A Cisco (NASDAQ: CSCO) é líder mundial em tecnologia para a Internet. A Cisco inspira novas possibilidades ao reinventar suas aplicações, proteger seus dados, transformar sua infraestrutura e capacitar suas equipes para um futuro global e inclusivo. Descubra mais em http://newsroom.cisco.com/. Para notícias em português, acesse: https://news-blogs.cisco.com/americas/pt/  e siga-nos no Twitter em @CiscoDoBrasil. Saiba mais sobre o Cisco Brasil Digital e Inclusivo neste link.