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Por Ned Cabot, Diretor de CDA Cisco

Em meu papel como líder do programa global Country Digital Acceleration (CDA) da Cisco, penso todos os dias  – junto com um grande time de profissionais – como podemos ajudar a mudar o mundo, com verdadeiro impacto, através da tecnologia, e  duas palavras vêm sempre em minha mente: Internet e inovação.

A primeira representa a ferramenta mais poderosa que podemos usar para nos conectar e para transmitir conhecimentos e informação. A segunda, nos leva a pensar em formas diferentes e criativas para fazer com que ideias, pessoas, recursos e processos trabalhem harmoniosamente para uma visão muito poderosa que temos na Cisco: construir um futuro mais inclusivo para todos.

Esta visão guia o trabalho diário que fazemos a partir do programa CDA. É  uma luta que levamos adiante em 40 países do mundo, incluindo os da América Latina, onde temos realizado várias iniciativas importantes no México, Brasil, Chile e Colômbia, através de projetos de saúde, educação, justiça e manufatura, somente para mencionar algumas indústrias. E em cada um desses projetos, cada dia, buscamos novas formas para que a tecnologia nos ajude a construir essa comunidade mais inclusiva.

Alguns exemplos do CDA

Justiça atrasada é justiça negada. No México, temos trabalhado com nossos clientes na digitalização de processos e usamos o vídeo para facilitar os processos judiciais a distância. Em alguns casos, reduziu-se o tempo de julgamentos orais de dois anos a um mês. O CDA se orgulha de ajudar a tornar uma sociedade mais justa, reduzindo os atrasos na administração da justiça.

No Chile apoiamos a “Cuarentena Inteligente”, iniciativa que ajudou a definir fechamentos localizados e apoiou o governo para criar um plano de quarentena passo a passo. Cisco,  Instituto de Ciencia de Datos de la Universidad del Desarrollo (UDD) e Telefónica se uniram para realizar um índice de mobilidade nacional utilizando big data e técnicas inovadoras de análise.

Através do CDA também lançamos no Brasil um programa para desenvolver a nova geração de jovens profissionais em cibersegurança. O CiberEducação Cisco Brasil combina os esforços da estratégia de aceleração digital “Brasil Digital e Inclusivo” e o programa Cisco Networking Academy. O Programa CiberEducação já formou 1.000 profissionais em Cibersegurança e atualmente se encontra em uma nova onda de formação com 1.500 estudantes selecionados.

Desde a justiça até a educação, a inclusão financeira e mais, o programa CDA trata da inovação na busca da missão da Cisco: promover um futuro inclusivo para todos. Porém há um ponto a mais: a cibersegurança. Utilizando as palavras do líder americano de direitos civis, Dr. Martin Luther King, a insegurança em qualquer lugar é uma ameaça para a segurança em todas as partes. A inovação digital só pode prosperar em um ambiente de segurança e confiança.

A cibersegurança é como um esporte inteligente, e todos temos a responsabilidade de aprender sobre ela. Já não é somente um tema que preocupa os engenheiros e os especialistas de tecnologia. Porquê? Porque influencia profundamente na sociedade do presente e do futuro; porque toca a todos os cidadãos que vivem em um mundo cada vez mais tecnológico. Uma transação bancária on-line, a administração de serviços de saúde e o funcionamento da economia de um país, necessitam ser ciberneticamente seguras.

O que vem por aí

Como podemos alinhar, agora e no futuro, nossos projetos com a cibersegurança na América Latina a partir da Cisco e CDA?  Há 3 pilares nos quais temos que continuar trabalhando:

1 -Transformar a maneira como os cidadãos pensam e aprendem sobre a cibersegurança. Na Cisco contamos com o Cisco Networking Academy, nosso programa focado em capacitação e habilidades em tecnologia através da educação, e que está presente na América Latina desde 1992. Pelo CDA e Cisco Networking Academy anunciamos recentemente o Programa de Habilidades Digitales para las Mexicanas del Siglo XXI, buscando promover a alfabetização digital e especialização tecnológica. Este programa é o resultado do trabalho conjunto da Secretaria de Economia, Secretaria do Trabalho e Previdência Social e Cisco México para fazer com que mais mulheres entrem no mundo do conhecimento e da tecnologia. Esta é a inovação social em ação.

2- Promover a reforma de políticas públicas. Os setores público e privado devem trabalhar em conjunto para manter nossas comunidades seguras. Um exemplo deste tipo de iniciativa está nos Conselhos de Inovação em Cibersegurança, criados pela Cisco em parceria com a Organização de Estados Americanos (OEA). Esta iniciativa serve como um espaço onde as partes envolvidas, líderes e especialistas dos setores privado e público, academia, ONGs e provedores de tecnologia de segurança colaboram para promover a inovação, criar conhecimento e expandir as melhores práticas.

3- Inovação tecnológica constante e poderosa. Anunciamos recentemente no Brasil o primeiro centro de inovação e experiências em cibersegurança do país, denominado Cisco Secure CyberHub. O novo centro permitirá a experimentação de cenários complexos de ataque e defesa, trazendo conceitos e tecnologias de cibersegurança. O espaço reunirá informação em tempo real sobre ataques, resposta a incidentes e soluções tecnológicas para empresas, startups e governo. Isto é inovação em ação.

Temos que seguir trabalhando juntos em projetos como esses para promover a digitalização dos países, para diminuir a brecha digital, e para que a conectividade seja acessível a mais gente em todos os setores. Sabemos que a conectividade tende a ser maior nas economias prósperas. As áreas rurais e de baixa renda tendem a ficar para trás.

Precisamos mudar fundamentalmente a economia da Internet para que ela funcione para todos. Nossos esforços estão destinados a fazer com que a conectividade seja menos cara, e acredito que esta é a contribuição mais poderosa que podemos fazer para a sociedade finalmente alcançar um futuro mais inclusivo para todos.