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  • No Brasil, apenas 25% das companhias estão totalmente prontas para capturar o potencial da Inteligência Artificial, uma queda em relação aos 29% do ano passado.
  • As organizações estão investindo muito em IA, com mais da metade das empresas alocando entre 10% e 30% de seu orçamento atual de TI para a implantação da tecnologia, mas os retornos ainda não estão atendendo às expectativas.
  • Há um senso de urgência contínuo, com 66% das empresas no Brasil afirmando ter, no máximo, um ano para estabelecer suas estratégias de IA ou enfrentar potenciais impactos negativos.

São Paulo, 21 de novembro de 2024 – A Cisco, líder mundial em rede e segurança, anunciou hoje os resultados do Cisco 2024 AI Readiness Index (Índice de Preparação para Inteligência Artificial da Cisco). O levantamento revela que apenas 25% das organizações no Brasil estão totalmente preparadas para implantar e aproveitar as tecnologias impulsionadas por IA, uma queda em relação aos 29% revelados em 2023. Esse declínio destaca os desafios que as empresas enfrentam na adoção, implantação e aproveitamento completo da Inteligência Artificial. Dada a rápida evolução do mercado e o impacto significativo que se espera que a IA tenha nas operações de negócios, essa lacuna de prontidão é especialmente crítica.

O Índice é baseado em uma pesquisa anônima com 7.985 líderes empresariais seniores de organizações com 500 ou mais funcionários em 30 países, incluindo o Brasil. Esses líderes são responsáveis pela integração e implantação de IA dentro de suas organizações. O AI Readiness Index é medido em seis pilares: estratégia, infraestrutura, dados, governança, talento e cultura.

Agindo com urgência

A IA tornou-se uma peça fundamental para a estratégia de negócios, e há uma urgência crescente entre as empresas para adotar e implantar tecnologias de IA. No Brasil, quase todos os respondentes (99%) declaram uma urgência contínua para implantar IA no último ano, principalmente impulsionada pelo CEO e time de líderes. Além disso, as empresas estão comprometendo recursos significativos à IA, com mais da metade (51%) indicando que entre 10% a 30% de seu orçamento de TI é alocado para implantações de IA.

Apesar dos grandes investimentos em IA em áreas estratégicas como cibersegurança, infraestrutura de TI e análise e gerenciamento de dados, muitas empresas relatam que os retornos desses investimentos não estão atendendo às suas expectativas.

“Haverá apenas dois tipos de empresas: aquelas que são empresas de IA e aquelas que são irrelevantes. A IA está nos fazendo repensar os requisitos de energia, necessidades de computação, conectividade de alto desempenho dentro e entre centros de dados, requisitos de dados, segurança, entre outros”, diz Jeetu Patel, diretor de Produto da Cisco. “Independentemente de onde estejam em sua jornada de IA, as organizações precisam estar preparando os data centers existentes e estratégias de nuvem para requisitos em mudança, e ter um plano de como adotar a Inteligência Artificial, com agilidade e resiliência, à medida que as estratégias evoluem”, finaliza Patel.

Principais conclusões  

  • A prontidão para IA caiu em todos os pilares, com infraestrutura identificada como um ponto crítico: as empresas estão enfrentando desafios em sua prontidão de infraestrutura, com lacunas em computação, desempenho de rede de data center e cibersegurança, entre outras áreas. Apenas 26% das organizações têm as GPUs necessárias para atender às demandas atuais e futuras de IA e menos da metade (49%) tem as capacidades para proteger dados em modelos de IA com criptografia de ponta a ponta, auditorias de segurança, monitoramento contínuo e resposta instantânea a ameaças.
  • As empresas estão investindo, mas os ganhos ficam aquém das expectativas: No ano passado, a IA foi um gasto prioritário para as organizações no Brasil, com 51% alocando entre 10% e 30% de seus orçamentos de TI para projetos de IA. Os investimentos em IA se concentraram em três áreas estratégicas: cibersegurança (51% das empresas estão em implantação total/avançada), infraestrutura de TI (51%) e análise de dados (46%). Os três principais resultados que eles buscam alcançar são melhorar a eficiência dos sistemas, processos, operações e lucratividade; a capacidade de inovar e permanecer competitivo; e aumentar a receita e a participação de mercado para o negócio. Apesar dos investimentos aumentados, mais de um quarto (26%) dos entrevistados disse que ou não viu ganhos ou os ganhos ficaram aquém de suas expectativas, em aumentar, auxiliar ou automatizar processos ou operações atuais.
  • Pressão incessante para ter sucesso: Há uma urgência crescente da alta liderança para implementar tecnologias de IA. Mais da metade (57%) das empresas relata que o CEO e a equipe de liderança estão pressionando pela implementação da tecnologia, seguidos pelo conselho de diretores (35%) e investidores e acionistas (29%). Conforme o tempo passa, as empresas no Brasil estão aumentando esforços e investimentos para superar barreiras e adotar a transformação impulsionada por IA. Notavelmente, 47% das organizações planejam alocar mais de 40% de seu orçamento de TI para investimentos em IA nos próximos quatro a cinco anos, um aumento significativo em relação aos 18% das empresas que disseram estar alocando, atualmente, uma parte semelhante de seu orçamento de TI para IA.

As empresas reconhecem que precisam melhorar sua prontidão para aproveitar a IA de forma eficaz. No Brasil, 41% classificam a melhoria da escalabilidade, flexibilidade e gerenciabilidade de sua infraestrutura de TI como suas principais prioridades, destacando uma conscientização das lacunas que devem ser abordadas para melhorar a prontidão geral para IA.

Abordando lacunas de habilidades e talentos

Apesar dos desafios únicos em cada pilar, um tema comum em todo o estudo é a falta de talentos qualificados. As empresas destacam isso como o principal desafio em infraestrutura, dados e governança, sublinhando a necessidade crítica de profissionais qualificados para conduzir projetos de IA.

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