- O relatório aborda a situação atual dos talentos em cibersegurança na América Latina a partir de três ângulos: oferta de trabalho, demanda por mão-de-obra e políticas de governo.
- Entre as ações propostas destaca-se o incentivo às vocações científicas entre crianças e jovens, fomentando a alfabetização digital e o acesso à oferta educacional e de trabalho.
- A sensibilização e participação ativa de entidades governamentais, cidadãos, empresas e outras organizações são fundamentais para extinguir o gap de talentos.
A Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Cisco apresentam o relatório “Desenvolvimento da Força de Trabalho de Cibersegurança na era de escassez de talento e habilidades” que aborda a problemática derivada da falta de profissionais no setor, o que coloca em risco a segurança cibernética dos países da América Latina.
O relatório, que inclui uma apresentação sobre o contexto atual da cibersegurança, propõe uma série de soluções para que as múltiplas partes interessadas passem para ação, com objetivo de promover o desenvolvimento da força de trabalho e ajudar a resolver o problema da escassez de mão-de-obra em cibersegurança.
Entre as soluções propostas estão:
- Educação em temas digitais para crianças e jovens;
- Acesso a programas de formação;
- Clareza das posições e responsabilidades para desenvolver a força de trabalho;
- Criação e implementação de estratégias nacionais e planos de ação dos governos como fundamento chave para impulsionar o desenvolvimento de talento em cibersegurança, como parte das agendas nacionais nos países da América Latina.
A partir de uma análise detalhada do mercado de trabalho em cibersegurança, o relatório aponta as causas do gap de talentos através de três perspectivas:
- Em relação à oferta, investiga as razões pelas quais não há vocações suficientes em cibersegurança, seja relacionada com a falta de informação, ou com informações confusas e contraditórias das que já existem.
- Em relação à demanda, aprofunda sobre como as organizações, tanto públicas como privadas, podem reduzir a necessidade de profissionais a partir de investimentos na requalificação de seus funcionários, por exemplo.
- Pela perspectiva dos governos, que são os responsáveis por promover iniciativas que dinamizam o mercado de trabalho em cibersegurança, aponta a necessidade de incluir iniciativas específicas para o setor em suas estratégias nacionais e marcos regulatórios.
A Secretária Executiva do Comitê Interamericano contra o Terrorismo da OEA, Alison Treppel, afirmou que “este relatório irá, sem dúvida, contribuir para reforçar as capacidades de cibersegurança na região, em um momento em que a América Latina e o Caribe aparecem como alvo prioritário dos cibercriminosos. Para reforçar o ecossistema de segurança cibernética, é necessário trabalhar de uma forma abrangente e coordenada no desenvolvimento da força de trabalho. Para tal, todas as partes interessadas devem trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios de forma colaborativa a fim de apresentar soluções viáveis e sustentáveis”.
Para Mario de la Cruz, Diretor de Assuntos Governamentais da Cisco América Latina, “as capacidades, ferramentas e oportunidades que a América Latina tem para consolidar o seu crescimento econômico, reduzir os gaps e criar inclusão passam inevitavelmente pela transformação digital, o que não pode acontecer sem a existência de bases sólidas de cibersegurança em todos os níveis da população: desde a alfabetização digital até ao combate mais avançado contra as ameaças digitais. Precisamos criar esses talentos”.
A publicação deste estudo faz parte do acordo de cooperação entre a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Cisco para criar os Conselhos de Inovação de Cibersegurança, uma iniciativa que reúne líderes de setores público e privado, sociedade civil e academia para promover a inovação, sensibilizar e divulgar as melhores práticas de segurança cibernética na América Latina.
Para mais informações acesse o relatório completo em espanhol aqui
Sobre a OEA
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